quinta-feira, 28 de abril de 2011

Monografia

Ah, que beleza! Acordei tarde hoje. Minha mãe me tirou da cama para ajudá-la com o computador. Ele estava praticamente lesionando-a gravemente (rs). Depois do help decidi sair da cama. Confesso que foi bem difícil por causa deste tempo maravilhoso. Adoro FRIO. Enfim. Aproveitei que a internet estava dando sopa e entrei no meu e-mail. E lá estava!! Um e-mail do "Cartório-Experimental" RELEMBRANDO que a minha orientação de monografia seria hoje. Fala sério. Relembrando quem? A mim estava tão somente AVISANDO. Entrei no portal do aluno no site da faculdade terça-feira e lá obtive a informação de que a minha próxima orientação seria no dia 17 de maio. Já estava tudo programado. Eu ia pegar pesado para deixar tudo lindo até lá. Mas não, eles simplesmente decidiram antecipar a reunião. Simpáticos, não? 

E mesmo enlouquecendo hoje pra fazer algumas coisinhas, eu estou aqui, postando (rs). Incrível! Eu volto a dizer que eu não aprendi nada esses anos todos. Só sei fazer as coisas sob pressão. 

Então acho melhor eu parar por aqui e usar um pouquinho dessa vontade de escrever para acabar um dos capítulos da minha carinhosamente apelidada minigrafia.


 


"Eu, estou ao seu lado, no mesmo compasso..."

Uma canção para relaxar. Preparando-me para o show de manhã. NOSSA! É amanhã. Está aí uma boa lembrança.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Infância

Sexta-feira tem show da Luiza Possi. Gravação de seu segundo dvd. Neste eu estarei! Estou ansiosa feito criança no dia anterior do passeio com a escola. Não sei vocês, mas eu NUNCA conseguia dormir na noite anterior. Confesso que continuo assim BEM ansiosa pra certas coisas, ao ponto de o sono (incrivelmente) não dar o ar da graça.

Aliás, gosto deste meu lado meio criança de ser (não a parte de não dormir). Hoje, quando minha mãe e eu estávamos voltando para casa, eu, feliz que estava, vim brincando com ela desde a faculdade. Ela "brigando" comigo, falando para eu parar porque ela estava cansada. Mas, na realidade, ela mais ria do que se estressava. Adoro a criança que tem dentro de mim. Apesar que eu cada vez menos consigo enxergá-la. Essa vida de adulto consome qualquer um. Será que eu não posso voltar a ter 14 anos e ficar no colégio até mais tarde ou jogar vôlei o dia inteiro? Droga!

Mas aí eu percebo que ser GRANDE tem suas vantagens. Nunca fui daquela que falou: "Nossa, não vejo a hora de completar 18 anos!!!". Eu só queria ser maior para poder dirigir. Já sabia que ia amar sem ao menos tentar. Além disto, nada em ser adulto me apetecia. Nada mesmo.

Ah! As vantagens... pois é. Quase termino o post sem sequer umazinha pra contar história. A vantagem é você se conhecer, querer mais pra você, pra sua vida. Construir! Tornar seus sonhos realidade através de suas próprias mãos. Taí algo que você, adulto, deve fazer por/pra si mesmo.

Eu tive uma infância muito tranquila. Meus pais me deram tudo que estava ao alcance deles e eu sou muito grata por isso. Se hoje estou onde estou, é porque eles sempre estavam ao meu lado. Mas é claro que eu apanhei muito (rs). Tinha dias que a minha mãe dava bom dia com um cinto no pescoço. Ela colocava medo no meu irmão e em mim. Até demos a ela um apelido carinhoso de Generala.



Família é isso. Na alegria (pra mim cairia melhor "na alergia") ou na tristeza, você pode contar com eles. 

terça-feira, 26 de abril de 2011

Invisível

Ontem tive prova. Cinco matérias. Fui bem naquelas que eu estudei. Incrível, neh? Aí, sempre depois que eu corrijo QUALQUER prova eu penso: "por que eu não estudei mais?" Tarde demais pra por a mão na consciência. Mas eu sou assim. Já se passaram quatro anos inteiros deste jeito. Não sei se algum dia vou aprender. E nem tenho vergonha na cara pra assumir isso aqui, em público. 

Tiradentes e o coelho da Páscoa não trouxeram muito descanso. Os estudos me impediram de pegar a estrada. Tudo bem. Aproveitei por aqui também. Mais do que eu deveria ter aproveitado. Fui num churrasco, fui há outro churrasco... Ah! Fui em outro churrasco também. Nunca vi galera que gosta tanto de churrasco (rs). Na verdade eu percebi que não importa o que é, basta estar junto (e bebendo!!). Adoro isso neles. União.

Tenho me sentindo longe de tudo. Na verdade, "longe" não seria a palavra ideal, mas a correta não me vem à cabeça neste momento. A falta de emprego está mexendo muito comigo. Como é que as pessoas conseguem ficar em casa por tanto tempo sem se preocupar em se sentir útil pra alguma coisa? Enfim. Gostaria de tomar uma pílula encolhedora ou um chá de sumiço, de preferência com gosto de laranja com gengibre. VÍCIO! Em busca da invisibilidade, ou de algo parecido (rs).

Mas muitas coisas boas têm acontecido. Amizades aflorando, romance também. Estou ansiosa pra estudar. Ansiosa pra ver as coisas dando certo. Só espero não criar muitas expectativas. Afinal, elas sempre ferram a VIDA! 

E hoje, voltando para a casa de carona, escutei Cássia no rádio. Incrível como a voz dela mexe com a minha ALMA. Eterna pra mim. 



"Pois meus olhos vidram ao te ver. São dois fãs, um par. Pus nos olhos vidros para poder melhor te enxergar. Luz dos olhos para anoitecer. É só você se afastar. Pinta os lábios para escrever a sua boca em minha?"

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tragédia no Rio

Estou angustiada hoje. Não serei a primeira muito menos a última pessoa que escreverá sobre a tragédia no Rio de Janeiro. Tive meu primeiro contato com o ocorrido no estacionamento do hospital, onde meu pai e eu esperávamos o carro. Não consegui entender muito bem, pois o som da televisão estava bem baixo, mas li que havia acontecido um massacre, no qual crianças foram mortas. O (meu) dia continuou. Ao chegar à casa do meu pai, fui direto pro sofá para saber o que realmente tinha ocorrido. Pois lá estava. Um ser de 24 anos, sem dó nem piedade, matou crianças a tiros. As circunstâncias do crime, penso eu que todo mundo já saiba. Mas, diga-me: o que pensar disso?

No final do dia quando cheguei na minha casa, fui ler sobre o massacre. Dentre várias coisas, encontrei uma página na internet que disponibilizou a carta feita pelo criminoso, deixando claro a maneira em que queria ser enterrado. Uma das atrocidades dita por ele foi a de que ele não queria que ninguém impuro tocasse nele, pois aquelas pessoas não seriam dignas de tocar num virgem. Espere um pouco. Alguma daquelas crianças teve a chance de falar para seus pobres pais de que forma elas queriam ser veladas? Se gostariam de ser doadores? Por favor, não me venha falar de pureza. Quem é ele para se achar puro? O mais nojento de todos os bichos. Direito humanos, SIM! Mas só para os HUMANOS. Há coisas nessa vida que eu não sei se seria capaz de defender. Meu caráter fica acima da minha imparcialidade. 

Enfim. Essa tragédia realmente mexeu com os meus sentimentos. Que a vida dessas crianças tenha sido vivida intensamente até o dia de hoje e que aqueles pais consigam acordar para mais um dia.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Paciência... paciência!

Quanto tempo. É praticamente um evento escrever aqui. Motivo de comemoração com um belo e romântico vinho, a dois, a sós. A pior (ou melhor) parte é que eu não posso nem dizer que estou sem tempo. Claro que não posso falar também que está sobrando hora no meu dia. Essas 24 horas que são a mim disponibilizadas não chegam nem aos pés do que eu penso ser ideal para fazer todas as minhas tarefas diárias. Sempre tenho a sensação, ao colocar a cabeça no travesseiro, que o dia não rendeu. Que eu fiz tanta coisa, mas tem muito ainda por fazer. A parte boa disso é que eu tenho motivos pra acordar no dia seguinte.

Vale esclarecer que esta sobra (ou falta) de tempo é devido ao meu desemprego. Isso mesmo. Depois de longas quatro estações, eu tomei coragem de sair da Cia. E quando digo coragem, não faço uso de qualquer exagero. A situação estava bem complicada. Apesar de eu ter me apaixonado por lá e por até pensar que poderia haver alguma chance de ser efetiva, eu fui colocada em uma posição que só exigiam de mim  conhecimentos administrativos, tudo o que uma estagiária quintanista de Direito quer para si. Hipocrisia à parte, eu tenho sede de aprendizado. Quero me sentir útil, importante. Quero fazer a diferença. Só posso concluir uma coisa: estava faltando.

A questão é que agora eu sou literalmente a filhinha do papai (rs). Bobagem! Estou vivendo ainda com o meu último salário, somado à participação nos lucros de 2010. Por enquanto ainda não foi preciso recorrer à carteira do meu véio, mas sei que ele estará lá se eu precisar. E há de ser dito que eu pretendo não precisar. Espero que até o fim deste mês eu consiga um estágio, um emprego, alguma coisa. Se eu ficar mais algum tempo em casa, acho que surto.

Não que eu não goste de ficar vagando por aí, sem fazer nada. O problema é que eu não estou vagando. Muito pelo contrário. Essa semana, por exemplo, tirei para “adiantar” as visitas orientadas que são indispensáveis para que eu me forme. Se não me engano, são 12 visitas. Fiz 6 e já estou exausta. É claro que esses relatórios vieram de maneira sofrida (rs). Muito suor, muita caminhada, muito dinheiro gasto, muita comida e principalmente muita paciência.

Vou explicar um episódio em que a minha “imensa” paciência se esgotou. Estava eu, e mais duas amigas, na tarefa árdua de assistir uma Audiência Trabalhista de Instrução e Julgamento. Pois bem. Assistimos uma... acabou em acordo. Assistimos outra, a testemunha não compareceu. Ou seja, não ocorreu instrução, tampouco julgamento. Tudo bem, tudo bem. Respiramos fundo. Tentamos achar outra, não havia mais audiência designada. Tudo bem, tudo bem! Como já estávamos lá, decidimos por fazer o relatório de um processo trabalhista, outra exigência da faculdade. O relógio marcava exatamente 17:00. Encostamos nossos lindos umbigos no balcão do cartório e com um (grande) sorriso no rosto, eu dirigi a palavra ao cartorário: “Oi, boa tarde, nós precisamos fazer o relatório para a faculdade. Seria possível você disponibilizar 3 processos com sentença?” Pasmem, mas ele respondeu da seguinte maneira: “Não vou poder entregar, pois fechamos as 18:00.” Ãh? Espera um pouco. Desculpa, o que você disse? Sim, ele não se contentou em dizer uma úncia vez essa atrocidade, e a repetiu. Fiquei indignada. Imagine você,  administrador, professor, doméstico, autônomo, engenheiro, advogado, médico, ESTAGIÁRIO, seja lá qual for a sua profissão, em seu local de trabalho. Agora imagine que um cliente liga para você uma hora antes de encerrar o expediente e a sua atitude é simplesmente dizer a ele que não irá atendê-lo, pois dentro de uma hora você tem que ir embora. Pasmou-se? Pois eu sim.

Mas somos brasileiras e não desistimos nunca. Voltamos ao fórum hoje e ainda deu tempo de passar no Criminal. E a jornada de visitas só começou. Está aí um lado positivo de estar desempregada.

E as coisas estão indo. Tenho que começar a fazer minha monografia. Vale dizer que eu já tinha que estar com o meu primeiro capítulo pronto. Mas, quem se importa (rs).

A Bari postou em seu blog (marianagondo.blogspot.com) que ela está "com desejo doido de vida, shows, adrenalina, viagem, lugares, pessoas". Confesso que eu tive inveja dela (inveja branca, certo?). Essas coisas estão passando longe do meu pensamento. Só penso em Direito, em faculdade de Direito, em relatório de Direito, em visitas de Direito, em palestras de Direito, em monografia do curso de Direito, em cursinho de Direito para passar na primeira fase da OAB. Todo o resto está em stand by. A única coisa que eu consigo pensar é que no fim do ano eu serei libertada dessa vida de louco.


E a vida é isso. Claro que eu tenho arranjado aquele tempinho para a minha cerveja bem gelada, pois, como citou o professor de Direito Internacional, João Amorim, durante sua excelente aula na última quinta-feira, "onde não há bohemia, não há inteligência".